sábado, 12 de dezembro de 2015

Livro novo - O grito de sobrevivência - inspirado em fatos reais

Olá, meus amores! Como você estão?
Tenho uma linda novidade para contar.
Esse mês será lançado o meu novo livro "O grito de sobrevivência".
Um dos livros mais difíceis e emocionante que já escrevi. 

Falando um pouco sobre ele...
A ideia surgiu de um filme que estava vendo, "Lágrimas do sol", e então fiquei pensando, quase ninguém escreve um livro sobre esse assunto e a partir dali isso ficou em minha mente. E decidi, "vou escrever sobre isso". Mas foi mais que isso, de alguma forma Deus foi colocando esse desejo forte em meu coração. E passei meses apenas pensando na ideia. Foi um dos livros mais difíceis que escrevi, pesquise muito sobre o assunto, várias pessoas foram entrevistadas e coloquei alguns fatos reais que aconteceram dentro desse livro. A história é uma mistura de ficção com coisas que realmente aconteceram. Mas confesso, quando comecei a escrever nem eu sabia o rumo dessa história, é tanto mistério e segredos que parecia que os próprios personagens escondiam de mim a verdade sobre o que aconteceu com eles. E o meu desejo, é que você sinta essa verdade dentro de você e se apaixone por esses lindos personagens que irão marcar a sua vida 
Tenho uma alegria imensa por ele e acredito que vai abençoar as suas vidas.
Agora vamos conhecer a capa e a sinopse?



Tamires era voluntária em uma Missão na África do Sul. 

Um dia, acorda misteriosamente em um hospital no Brasil e algo ainda mais estranho acontece, perde a memória dos anos em que esteve na África. Entre sonhos e lembranças inesperadas tenta montar o quebra-cabeça do seu passado.


Mistério, perseguição, morte e o segredo para tudo aquilo parece estar escondido a sete chaves. Entretanto, ao conhecer Enam, um homem que não a suporta - assim como ela - acaba descobrindo a Verdade que pode libertá-la para sempre.

Uma história impactante! Reviravoltas incríveis! Você irá descobrir um novo mundo, onde tudo pode acontecer. Inspirado em fatos reais “O grito de sobrevivência” irá te despertar.

Entre nessa jornada e tente desvendar o mistério desta história. A busca da verdade pode estar mais próxima do que imagina!

Página oficial do O grito de sobrevivência


Leia agora mesmo o primeiro capítulo :)


África do Sul
Corria sem parar, desesperada, tentando proteger as crianças de todas as formas possíveis, mas tudo parecia em vão. Meu rosto suado se misturava às lágrimas de desespero. Meu coração pulava sem parar, enquanto respirava ofegante. Olhei para trás e arregalei os olhos ao ver aquela cena. Várias crianças e jovens mortos, caídos ao chão. Queria parar, tentar acudi-las, quem sabe elas voltassem à vida? A luta foi intensa dentro de mim, mas não podia estagnar. Minhas pernas quase vacilaram, usei todas as forças que pude para continuar correndo. Não poderia parar, pois se fizesse isso as coisas se tornariam ainda piores.
O grupo de rebeldes era persistente, havia tanta frieza em seus olhos que fiquei desesperada. Eles continuaram a nos perseguir, a mim e ao grupo de crianças e jovens que estavam comigo. Escutei barulho de tiros por todos os lados, meu coração bateu tão rápido que a qualquer momento parecia que iria cair dura ao chão. Escutei mais tiros, eram metralhadoras. Corri o máximo que pude, puxando a mão de duas crianças que estavam tão assustadas quanto eu. Elas acabaram tropeçando e então, com força e determinação, puxei-as pelo braço, a fim de não ficarem para trás. Sabia que meu gesto havia sido bruto, porém era a única forma que encontrei para elas continuarem vivas.
Eles eram incansáveis e nós estávamos esgotadas. Percorremos quilômetros e quilômetros em mata fechada na calada da noite. Ainda não entendia como aquele grupo havia chegado até nós. Isso não podia ter acontecido. Ali não era o lugar deles. Não fazia parte da rota. Algo estava errado.
No entanto, nada daquilo importava, pois eu precisava de toda a força necessária para tentar sair viva dali, junto com as duas crianças que quase carregava no colo. Precisava ser forte. Antes que percebesse meus pés ficaram sem chão e apenas vi a escuridão diante de mim.
Brasil
Escutei algo, parecia vir de longe. Tu... Tu... Tu... Aos poucos e com dificuldades consegui me mexer, e aquele barulho estranho começou a se aproximar, tornando-se cada vez mais nítido até que finalmente consegui abrir os olhos. Tudo ficou turvo, minhas vistas estavam embaçadas. Fechei os olhos com dificuldades e aos poucos — lentamente — minha visão voltou ao normal.
Estava em um quarto branco, olhei para os lados devagar, mas não havia ninguém. Respirei fundo tentando entender onde estava. Percebi algo em meu braço; agulha e um caninho ligado a um soro. Hospital! Foi a primeira coisa que veio à minha memória. Mas... Não me lembrava de ter chegado ali.
Tentei me sentar, em vão. Estava me sentindo fraca. Não conseguia nem pegar o copo de água ao lado da cama. Neste instante escutei um barulho e a porta se abriu. Uma enfermeira entrou toda sorridente quando me viu acordada.
— Olha quem acordou! Que bom te ver, Tamires.
Ela esboçou um sorriso, mas eu estava tão confusa com tudo que não consegui disfarçar e fui direto ao que me interessava.
— O... Onde e... estou? — perguntei com dificuldades percebendo a voz fraca.
— No hospital — respondeu a outra oferecendo o copo de água que gentilmente me ajudou a tomar.
Olhei para a janela e vi que era dia. Consegui enxergar a cidade, a praça e algumas montanhas ao longe. Estava tudo diferente, apenas senti que não estava mais na África.
— Onde estou? — indaguei quase num sussurro.
A enfermeira baixinha, de olhos escuros, respondeu lentamente.
— Está no Brasil. Você desmaiou no avião e está aqui há duas semanas.
— Como assim? — Minha voz saiu tão apressada que me assustei por um instante.
Ela deu de ombros me olhando com preocupação.
— É apenas o que sei, mas logo a sua amiga vem aqui e te explica melhor. Vou chamar o doutor. Ele precisa saber que você acordou.
Continuei olhando para a enfermeira que estava saindo do quarto. Não estou entendendo. Tentei me lembrar do que aconteceu, porém, estranhamente a cena de um avião é o que não constava em minhas lembranças. Sentia como se tivesse uma lacuna entre o passado e o presente, e isso começou a me deixar frustrada e desesperada. A única coisa que lembrava é que não tinha família, então quem vai poder me ajudar? E de que amiga a enfermeira estava falando? Como vim parar no Brasil?
Minutos depois uma mulher de aproximadamente sessenta anos apareceu. Seu semblante demonstrava preocupação e algo a mais, que não consegui identificar. Seu rosto estava abatido, os cabelos amarrados de qualquer jeito e ficou me observando por um tempo. Quando quis indagar quem era ela, abriu um sorriso, mas com os lábios fechados.
— Olá Tamires! Como está se sentindo?
— Não sei dizer — sussurrei e continuei a encará-la. Seu rosto parecia familiar.
— Preciso falar sobre a Luísa.
Luísa... Luísa... Luísa... Lembrava-me desse nome de algum lugar.
— Tenho uma foto dela com você, é do ano passado, quando vocês conseguiram ir para Johannesburg. Lembra? Ela era a sua parceira de trabalho há anos.
Uma luz começou a se acender dentro de mim ao pegar aquela foto. Fiquei observando os nossos sorrisos imensos por aquela conquista. As imagens vieram facilmente à minha memória. Eu e Luísa havíamos levado mais de dois dias para chegar até lá. Imprevistos de todas as formas aconteceram. Lembro que assim que chegamos a primeira coisa que fizemos foi ir a uma pizzaria. Há meses sonhávamos com um pedaço de kartoffel, com o queijo derretendo em nossas bocas.
Sorri levemente ao olhar para ela. Como poderia esquecê-la? Luísa era a melhor amiga que já tive. Por que levei tantos minutos pra me lembrar de alguém que é tão importante para mim? O que aconteceu para ficar nesse estado?
— Luísa! Claro que lembro. Como ela está?
A senhora ficou desconcertada com aquela pergunta. Dessa vez me olhou com ternura e pegou carinhosamente em minhas mãos. Uma dor começou a invadir aqueles olhos castanhos. Alguma coisa estava errada. Senti a minha respiração ficar tensa.
— Ela se foi, meu bem. Ela se foi... — respirou fundo e deixou que algumas lágrimas invadissem o seu rosto.
Arqueei as sobrancelhas com dúvidas do que ela estava dizendo. Se foi? Como assim? Foi para onde? O que aquela senhora quis dizer com isso? Voltei a respirar com dificuldades. Senti um tremor dentro de mim ao constatar algo tenebroso. Não, aquilo não poderia ser verdade.
Apesar de a dúvida permanecer em minha mente, meu coração começou a se despedaçar lentamente. Temia de que o “se foi” fosse algo eterno. Morte era uma palavra que me destruía. Lembrava-me dos dias em que levantava com receio de que alguém não tivesse sobrevivido, em nosso acampamento, na África do Sul. Com esforço fiz uma única tentativa para tirar todas as dúvidas.
— Como se foi?
A mulher compreendeu a minha pergunta e depois de respirar fundo respondeu.
— Ela estava machucada, pegou malária e não resistiu...
Arregalei os olhos por um instante e depois fechei. Não queria acreditar no que estava acontecendo. Não, não, não! A única pessoa que tinha na vida... Ela era a minha família... Como? Por quê? Então uma imagem veio à minha mente.
Um menino corria pelo deserto, estava sorrindo. Ele era lindo, pele escura e olhos tão expressivos quanto a sua alegria. Ele estava vindo em minha direção, escutei chamar o meu nome; Tamires!
Levei um choque com aquilo e abri os olhos naquele instante. Manzili! Onde ele está? Ele precisa de mim. Droga, o que está acontecendo? Por que não consigo lembrar?
Parecia que um buraco se abria diante de mim e estava caindo. Imagens apareciam na minha mente e em segundos iam embora. Não conseguia distinguir nada. A confusão tomou conta de mim, o desespero invadiu a minha sensatez e então as lágrimas jorraram de dentro da minha alma e comecei a tremer e a soluçar. Antes que pudesse abrir os olhos escutei vozes ao longe, falando, gritando, não conseguia perceber os sons e então o silêncio tomou conta de tudo e apenas senti que continuava a cair.


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